Governo planeja ações para facilitar crédito imobiliário, revela Haddad
Proposta do Haddad visa otimizar os registros financeiros dos bancos, permitindo a expansão de novas oportunidades de empréstimos
O cenário do crédito imobiliário no Brasil está prestes a passar por uma transformação significativa, conforme revelado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante sua participação no 10º Brazil Investment Forum. O governo está se preparando para implementar medidas que visam destravar o crédito imobiliário no país, abrindo caminho para um aumento substancial no financiamento para habitação.
Em seu discurso, Haddad destacou a importância de criar mecanismos que facilitem o acesso ao crédito imobiliário, essenciais para impulsionar o mercado de longo prazo. Uma das principais iniciativas propostas pelo governo é liberar uma parcela do crédito imobiliário retido nos balanços dos bancos, permitindo que essas instituições financeiras tenham mais capacidade de emprestar.
Uma das questões-chave abordadas pelo ministro é a necessidade de equalizar os diversos índices que afetam as prestações da casa própria. Enquanto o mercado tende a se beneficiar de índices como o IPCA, as prestações no mercado imobiliário são muitas vezes indexadas à TR. Para resolver esse desequilíbrio, Haddad propõe empacotar esses recebíveis retidos nos bancos e transferi-los para o mercado, oferecendo assim condições mais favoráveis para novos empréstimos.
Essa medida já foi discutida com importantes players do setor, incluindo a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco Central e a Abrainc, associação que representa as incorporadoras imobiliárias. Haddad enfatizou a importância de um ambiente macroeconômico estável, com taxas de juros controladas e inflação sob rédeas curtas, para alavancar o crédito imobiliário de forma gradual e consistente.
Atualmente, a oferta de crédito imobiliário no Brasil representa apenas cerca de 9% do Produto Interno Bruto (PIB), uma proporção consideravelmente baixa em comparação com outros países de renda média, onde esse número pode chegar a 26% a 30% do PIB. Essa disparidade destaca o potencial significativo para o crescimento do crédito imobiliário no Brasil e a importância de medidas como as propostas pelo governo.
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